História

História

Mergulhe nas histórias guardadas nas paredes do nosso edifício e deixe que os ecos do passado enriqueçam a sua exploração do património de Lisboa.

Época Romana

O AlmaLusa Alfama ocupa um edifício pós-terramoto cujas raízes remontam ao século XII, com um uma arquitetura de estilo Pombalino. No edifício, que inclui o histórico Arco das Portas do Mar, foram encontradas relíquias cuja história remonta à época romana.

Arco das Portas do Mar

As portas faziam parte das antigas muralhas defensivas de Lisboa, tendo desempenhado um papel crucial no controlo do acesso à cidade e sendo frequentemente marcos com importância arquitetónica e histórica. O Arco das Portas do Mar servia como um dos pontos de entrada na muralha fortificada de Lisboa.

Uma muralha defensiva foi erguida no século IV, durante o período romano, para proteger a cidade contra a chegada das tribos germânicas. Esta muralha foi construída pelos romanos, usada pelos visigodos e mais tarde pelos muçulmanos.

No século XIV, o Rei D. Fernando construiu uma nova muralha, conhecida como muralha fernandina, à beira-mar, incorporando segmentos da muralha pré-existente. Esta fortificação surgiu em resposta à necessidade de proteger a cidade numa fase de expansão rápida e consistente. Portas históricas, como o Arco das Portas do Mar, foram preservadas.

Esta porta permanece como um testemunho do tempo e pode, hoje ainda, ser observada no nosso edifício, convidando os hóspedes a explorar o histórico bairro de Alfama.

Casa dos Bicos

A apenas alguns passos do AlmaLusa Alfama, o centro arqueológico da Casa dos Bicos é um impressionante exemplo de arquitetura civil do século XVI. Abriga também uma coleção de exposições arqueológicas, algumas com mais de 2000 anos.

Construída a partir de 1522 por ordem de Brás de Albuquerque (1500-1580), filho do governador da Índia, a Casa dos Bicos é o exemplo mais representativo de uma propriedade residencial do período renascentista em Lisboa. Possui uma fachada única em padrão de diamante e azulejos mudéjar, sendo que os pisos superiores sofreram sérios danos na sequência do terramoto de 1755.

O piso térreo abriga um cativante centro arqueológico com vestígios de uma escavação de 2010, incluindo partes de muralhas romanas e uma unidade de produção de peixe romana preservada, aberta a visitantes e de acesso gratuito.

Campo das Cebolas

O nome "Campo das Cebolas" tem origem no histórico Mercado da Ribeira Velha, em funcionamento entre os séculos XVI e XVIII. Neste animado mercado, a oferta não se limitava ao peixe, incluindo também variados legumes.

O Campo das Cebolas foi outrora uma praia, extinta por aterros depois de D. Afonso Henriques, para se transformar na vibrante praça que veio a acolher o mercado.

Um painel barroco em exposição na Casa dos Bicos retrata uma cena da Ribeira Velha antes do catastrófico terramoto de 1755. Em destaque, o mercado é retratado como espaço vibrante com uma oferta variada de peixes, frutas e vegetais.

Ao longo dos séculos, o Campo das Cebolas testemunhou vários eventos e transformações. Após o devastador terramoto e tsunami de 1755 que impactaram profundamente Lisboa, o Campo das Cebolas foi uma das zonas afetadas e a necessitar de reconstrução.

Em 2016, o Campo das Cebolas passou por uma profunda revitalização, transformando-se na vibrante praça de que podemos desfrutar hoje. Durante este processo, importantes descobertas arqueológicas foram feitas, incluindo sete barcos e secções da muralha, integrados de forma orgânica na construção de um parque de estacionamento. Uma antiga escadaria de acesso à praia também ganhou uma segunda vida, como acesso ao mesmo parque.

Vestígios do passado

Por baixo do edifício do AlmaLusa Alfama, foram encontrados vestígios de uma casa romana (domus). A presença de um pátio interior sugere que uma família romana próspera terá residido neste espaço.

O edifício que agora alberga o AlmaLusa Alfama foi também uma tasca, um espaço onde os habitantes locais se reuniam para desfrutar de comida e bebida e conviver. O local proporcionava uma atmosfera animada e vibrante, sendo o centro de atividade social do bairro.

Lisboa Romana

O projeto Lisboa Romana proporciona uma oportunidade para partir à descoberta das raízes romanas da cidade, explorar locais arqueológicos e aprender sobre o dia-a-dia, arquitetura e cultura dos romanos que viveram em Lisboa.

Visitantes e residentes podem percorrer as ruas da cidade, parando em pontos de interesse designados que destacam a história romana.

Participe numa incrível visita virtual e descubra os vestígios que foram descobertos durante a restauração do edifício do AlmaLusa Alfama. Com apenas um clique, explore os artefactos que contam histórias do passado e obtenha uma perspetiva única do património preservado nas paredes do AlmaLusa Alfama.

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